11/11/2014

A Morte de Saruman - Cena da Versão Estendida

  Vídeo da Versão Estendida de O Senhor dos Anéis


Os Drúendain – Parte I

O Povo de Haleth era estranho aos demais atani, pois falava um idioma alienígena; e, apesar de se unirem a eles em aliança com os eldar, permaneciam como um povo separado. Entre si mantinham-se fiéis a seu próprio idioma, e, embora aprendessem por necessidade o sindarin para se comunicarem com os eldar e os demais atani, muitos falavam essa língua com hesitação, e alguns dentre os que raramente ultrapassavam os limites de suas próprias florestas não a usavam em absoluto. Não adotavam de bom grado objetos ou costumes novos e mantinham muitas práticas que pareciam estranhas aos eldar e aos demais atani, com quem pouco tratavam, salvo na guerra. No entanto, eram estimados como aliados leais e guerreiros temíveis, se bem que fossem pequenas as companhias que mandavam para combater fora de suas fronteiras. Pois eram, e permaneceram até seu fim, um povo diminuto, preocupado, mormente em proteger suas próprias florestas, e destacavam-se no combate nos bosques. Na verdade, por muito tempo nem mesmo os orcs especialmente treinados para essa atividade ousavam aproximar-se de suas fronteiras. Uma das estranhas práticas mencionadas era que muitos de seus guerreiros eram mulheres, apesar de poucas irem a campo para lutar nas grandes batalhas. Esse costume era evidentemente antigo, pois sua chefe Haleth era uma renomada amazona com uma seleta escolta de mulheres.
O mais estranho de todos os costumes do Povo de Haleth era a presença entre eles de um povo de espécie totalmente diversa, tal como nem os eldar em Beleriand nem os demais atani jamais haviam visto. Não eram muitos, talvez algumas tribos, mas em amizade, como membros da mesma comunidade. O Povo de Haleth chamava-se pelo nome de drûg, que era uma palavra de sua própria língua. Aos olhos dos elfos e dos outros homens tinham aspecto desgracioso: eram atarracados (com cerca de quatro pés de altura), mas muito espadaúdos, com nádegas pesadas e pernas grossas. Seus rostos largos tinham olhos profundos com sobrancelhas espessas e nariz chatos, e não apresentavam pêlos abaixo das sobrancelhas, exceto no caso de alguns homens (que se orgulhavam da distinção), que tinham um pequeno tufo de pêlos negros no meio do queixo. Suas feições eram em geral impassíveis, sendo a boca larga o que mais se movia; e o movimento de seus olhos alertas só podia ser observado de perto, pois eram tão negros que as pupilas não podiam ser distinguidas, mas na ira tinham um fulgor vermelho. A voz era grave e gutural, mas seu riso era uma surpresa: era cheio e retumbante, e fazia com que todos que o ouvissem, elfos ou homens, rissem também por seu puro regozijo sem contaminação de zombaria ou maldade. Na paz, frequentemente riam enquanto trabalhavam ou brincavam, quando os outros homens talvez cantassem. Mas podiam ser inimigos inexoráveis. E sua ira rubra, uma vez inflamada, esfriava de vagar, apesar de não demonstrar sinal, exceto a luz em seus olhos; pois lutavam em silêncio e não exultavam na vitória, nem mesmo contra os orcs, as únicas criaturas pelas quais tinham ódio.

- Contos Inacabados – Quarta Parte: Os Drúendain

De que raça, nação e origem eram os Nazgûl?

Pergunta enviada por um curtidor da página no Facebook.

“Nazgûl- Os escravos dos Nove Anéis dos Homens e principais cervos de Sauron.”
- Contos Inacabados – Glossário – página 565

Outras definições: Os Nove, Os Espectros do Anel, Cavaleiros Negros, Mais temíveis servos de Sauron;

Muito pouco sabe-se sobre a vida mortal dos Nazgûl, ou seja, o que eram e fizeram antes de serem seduzidos pelo poder do nove e passarem a ter sua “vida” espectral. Em geral eram homens e numenorianos, pois três deles foram grandes senhores de Númenor. O único Nazgûl a qual se sabe o nome, Khamûl, era um homem do Oriente, os outros não possuem sua origem definida.

Aprofundando mais um pouco a pergunta, depois de receber os Nove Anéis, esses homens usaram-nos para ascender seu poder e acumular muitas riquezas a si, ou seja, ganância. Assim, tornaram-se grandes reis, feiticeiros e guerreiros. Os Nove Anéis, fez suas vidas mais longínquas.

Conclusão: Eram todos homens, do nosso conhecimento, três reis numenorianos e um oriental, cujo nome era Khamûl. Em vida foram grandes reis, guerreiros e feiticeiros.


Foto: De que raça, nação e origem eram os Nazgûl?
Á pedido de Vinicius Bortolini

“Nazgûl- Os escravos dos Nove Anéis dos Homens e principais cervos de Sauron.”
- Contos Inacabados – Glossário – página 565

Outras definições: Os Nove, Os Espectros do Anel, Cavaleiros Negros, Mais temíveis servos de Sauron;

Muito pouco sabe-se sobre a vida mortal dos Nazgûl, ou seja, o que eram e fizeram antes de serem seduzidos pelo poder do nove e passarem a ter sua “vida” espectral. Em geral eram homens e numenorianos, pois três deles foram grandes senhores de Númenor. O único Nazgûl a qual se sabe o nome, Khamûl, era um homem do Oriente, os outros não possuem sua origem definida.

Aprofundando mais um pouco a pergunta, depois de receber os Nove Anéis, esses homens usaram-nos para ascender seu poder e acumular muitas riquezas a si, ou seja, ganância. Assim, tornaram-se grandes reis, feiticeiros e guerreiros. Os Nove Anéis, fez suas vidas mais longínquas.

Conclusão: Eram todos homens, do nosso conhecimento, três reis numenorianos e um oriental, cujo nome era Khamûl. Em vida foram grandes reis, guerreiros e feiticeiros.

#NazgulH

Carta de Tarot em homenagem ao Senhor dos Anéis 1/20

Foto: Carta de Tarot em homenagem ao Senhor dos Anéis
 1/20

#NazgulH

O Desastre dos Campos de Lis – Parte V

Já de Isildur conta-se que sofreu grande dor e angústia no coração, mas de início correu como um cervo perseguido pelos cães, até chegar ao fundo do vale. Lá parou para se assegurar de que não estava sendo perseguido; pois os orcs conseguiam rastrear um fugitivo no escuro pelo faro, e não precisavam dos olhos. Então prosseguiu com mais cautela, pois uma ampla baixada se estendia na escuridão diante dele, irregular e sem trilhas, com muitas armadilhas para pés errantes.
Assim foi que finalmente chegou à margem do Anduin no meio da noite, e estava exausto; pois fizera um trajeto que os dúnedain, em terreno semelhante, não fariam mais depressa, marchando sem parar e de dia. O rio turbilhonava escuro e veloz, à sua frente. Ficou parado por algum tempo, em solidão e desespero. Então, apressado, lançou fora toda a sua couraça e suas armas, exceto uma espada curta presa ao cinto, e mergulhou na água. Era homem de força e resistência que, mesmo entre os dúnedain daquela época, poucos conseguiam igualar, mas tinha pouca esperança de atingir a margem oposta. Antes de avançar muito, foi forçado a se virar quase para o norte, contra a corrente; e, por mais que se esforçasse, sempre era arrastado para baixo, em direção aos emaranhados dos Campos de Lis. Estavam mais perto do que ele pensara; e, no mesmo instante em que sentiu a correnteza enfraquecer, e quando se havia atravessado, estava se debatendo em meio a grandes juncos e plantas pegajosas. Ali deu-se conta subitamente de que o Anel se fora. Por azar, ou por um acaso feliz, o anel saíra de sua mão e fora aonde Isildur jamais poderia esperar reencontrá-lo. Inicialmente seu sentimento de perda foi tão avassalador que ele não se debateu mais, e teria submergido e se afogado. Mas, ligeiro como havia chegado, esse humor passou. A dor o abandonara. Uma grande carga fora removida. Seus pés encontraram o leito do rio, e ele, erguendo-se da lama, atravessou trôpego o juncal até uma ilhota pantanosa próxima a margem oeste. Ali levantou-se da água: apenas um homem mortal, uma pequena criatura perdida e abandonada nos ermos da Terra-média. Mas para os orcs de visão noturna que se escondiam à espreita, ele se erguia como uma monstruosa sombra de pavor, com um olho penetrante como uma estrela. Atiraram nele suas flechas envenenadas e fugiram. Desnecessariamente, pois Isildur, desarmado, foi trespassado no coração e na garganta, e sem um grito caiu para trás na água. Nenhum vestígio de seu corpo jamais foi encontrado por elfos ou homens. Assim terminou a primeira vítima da malícia do Anel sem dono: Isildur, segundo Rei de todos os dúnedain, senhor de Arnor e Gondor, e o último naquela era do Mundo.

- Contos Inacabados – Terceira Parte: a Terceira Era – O Desastre dos Campos de Lis

10/11/2014

O Desastre dos Campos de Lis – Parte IV

Houve uma pausa, embora os dúnedain da visão mais aguçada dissessem que os orcs estavam se aproximando sorrateiros, passo a passo. Elendur foi ter com seu pai, que estava de pé, soturno e sozinho, como que perdido em pensamentos.
- Atarinya – disse – e quanto ao poder que intimidaria essas criaturas imundas e lhes ordenaria que obedecessem a você? Então de nada serve?
- Infelizmente não, senya. Não posso usá-lo. Temo a dor de tocá-lo. E ainda não encontrei forças para dobrá-lo à minha vontade. Para isso é preciso alguém maior do que eu agora sei que sou. Meu orgulho foi-se. Ele deveria ir para os Guardiões dos Três.
Nesse momento soou um repentino toque de trompas, e os orcs se aproximaram por todos os lados, arremessando-se contra os dúnedain com ferocidade temerária. A noite caíra, e a esperança se apagava. Os homens tombavam; pois alguns dos orcs maiores saltavam, dois de cada vez, e, mortos ou vivos, derrubavam um dúnedain com seu peso, de forma que outras garras fortes o pudessem arrastar para fora e matar. Os orcs podiam perder cinco para um nessa permuta, mas ainda saía muito barato. Ciryon foi morto desse modo e Aratan mortalmente ferido em uma tentativa de resgatá-lo.
Elendur, ainda incólume, buscou Isildur. Ele reunia seus homens do lado leste, onde o ataque era mais intenso, pois os orcs ainda temiam a Elendilmir que trazia na fronte e o evitavam. Elendur tocou seu ombro e Isildur se virou feroz, pensando que um orc se esgueirara por trás dele.
- Meu Rei – disse Elendur –, Ciryon morreu e Aratan está morrendo. Seu último conselheiro tem de lhe recomendar, não ordenar, como você ordenou a Ohtar. Vá! Tome sua carga e a leve a qualquer custo até os Guardiães, até mesmo ao custo de abandonar seus homens e a mim!
- Filho do Rei – disse Isildur –, eu sabia que teria de fazer isso, mas temia a dor. Nem poderia partir sem sua permissão. Perdoe a mim e a meu orgulho que o trouxe a este destino.
- Elendur beijou-o. – Vá! Vá agora! – disse.
Isildur voltou-se para o oeste e, tirando o Anel de uma bolsinha que pendia de uma fina corrente em torno de seu pescoço, colocou-o no dedo com um grito de dor, e nunca mais foi visto por pessoa alguma na Terra-média. Mas a Elendilmir do Oeste não podia ser apagada e de repente resplandeceu vermelha e irada como uma estrela em chamas. Os homens e orcs recuaram de pavor; e Isildur puxando um capuz sobre a cabeça, desapareceu noite adentro.
Do que aconteceu aos dúnedain, só isto se soube depois: não demorou muito para que estivessem todos mortos, à exceção de um, um jovem escudeiro atordoado e sepultado sob homens tombados. Assim pereceu Elendur, que mais tarde deveria ter sido Rei, e, como predisseram todos os que o conheciam, em sua força e sabedoria, e sua majestade sem orgulho, um dos maiores, dos mais belos da estirpe de Elendil, o mais semelhante ao seu ancestral.

- Contos Inacabados – Terceira Parte: a Terceira Era – O Desastre dos Campos de Lis

Enfim quem era o Necromante que Gandalf enfrentou em Dol Guldur?

A dois dias atrás abri um debate entre vocês (leitores), com a questão da verdadeira identidade do Necromante de Dol Guldur. Dentre todas as respostas obtidas, as opiniões estavam divididas entre duas alternativas, Sauron e o Rei Bruxo de Angmar. Andei pesquisando nos livros, e gostaria de passar a vocês alguns trechos de Contos Inacabados, que podem solucionar essa questão.

Página 371, do capítulo IV, da Terceira Parte, A Caçada do Anel:

" (...) Sauron deteve seu ataque e ordenou aos Nazgûl que iniciassem a busca do Anel. Mas Sauron não subestimava os poderes e a vigilância dos Sábios, e mandou que os Nazgûl agissem com o máximo sigilo possível. Naquela época, o Líder dos Espectros do Anel habitava em Minas Morgul com seis companheiros enquanto seu segundo, Khamûl, a Sombra do Leste, habitava em Dol Guldur como lugar-tenente de Sauron, com mais um como seu mensageiro (...)"

Página 502, Notas, A Caçada do Anel:
"De acordo com o registro no Conto dos Anos para 2951, Sauron enviou três, e não dois, dos Nazgûl para reocuparem Dol Guldur (...)"
P.S. Através deste trecho podemos eliminar a alternativa de que quem ressurgira em Dol Guldur era o Rei Bruxo, pois os Nazgûl foram usados para a reocupação da Fortaleza, ou seja, na época em Gandalf lutou contra o Necromante o Rei Bruxo já havia ressurgido.

No Glossário na definição de Dol Guldur temos a conclusão final; página 535:
"Dol Guldur "Monte da Feitiçaria", uma elevação sem árvores no sudoeste da Floresta das Trevas, fortaleza do Necromante entes de ser revelado como Sauron."

CONCLUSÃO:
O trecho nos revela que o Necromante era mesmo Sauron adquirindo força, ou seja, "forma" mesmo para que ressurgir como o "Grande Olho", e os Nazgûl, no caso os dois que lá estavam na época da exploração de Gandalf, eram os guardiões e mensageiro de seu senhor. O Rei Bruxo de Angmar, o líder dos Espectros do Anel, na época estava em Minas Morgul, junto com mais seis. Então o Rei Bruxo de Angmar já existia.




Trailer Final Oficial de o Hobbit e a Batalha dos Cinco Exércitos

A adaptação terá sua estreia no Brasil aproximadamente no dia 13 de dezembro desse ano, e será o último da trilogia O Hobbit.
Para os que não viram e os que querem revê-lo, aqui está o trailer final de A Batalha dos Cinco Exércitos. Confiram e não percam de assistir nos cinemas!

09/11/2014

Tolkien o Senhor da Fantasia

O Desastre dos Campos de Lis – Parte III

Agora os orcs se aproximavam. Isildur voltou-se para seu escudeiro: - Ohtar, agora confio isto à sua guarda – disse, entregando-lhe a grande bainha e os fragmentos de Narsil, a espada de Elendil. – Salve-o da captura por todos os meios que puder encontrar e a qualquer custo; até mesmo ao custo de ser considerado um covarde que me desertou. Leve seu companheiro consigo e fuja! Vá! Eu lhe ordeno! – Então Ohtar ajoelhou-se e lhe beijou a mão, e os dois jovens fugiram, descendo ao vale escuro.
Se os orcs de visão aguçada perceberam sua fuga, não lhe deram importância. Detiveram-se brevemente, preparando seu ataque. Primeiro soltaram uma saraivada de flechas, e então, de súbito, com um grande grito, fizeram o que Isildur teria feito, e pela última encosta lançaram uma grande massa dos seus principais guerreiros contra os dúnedain, esperando romper seu muro de escudos. Mas este permaneceu firme. As flechas não haviam sido de nenhuma valia contra as armaduras númenorianas. Os homens imponentes elevavam-se acima dos orcs mais altos, e suas espadas e lanças alcançavam muito mais longe que as armas de seus inimigos. O ataque vacilou, rompeu-se e recuou, tendo causado poucos danos aos defensores, inabalados, por trás de montes de orcs tombados.
Pareceu a Isildur que o inimigo se retirava em direção à Floresta. Olhou para trás. A borda vermelha do sol brilhou de dentro das nuvens, enquanto mergulhava por trás das montanhas; logo cairia a noite. Deu ordens para retomar a marcha imediatamente, mas para desviar o trajeto em direção ao terreno mais baixo e plano, onde os orcs teriam menor vantagem. Talvez acreditasse que, depois de serem rechaçados com os danos, eles se retrairiam, apesar de seus batedores talvez os o seguirem durante a noite e vigiarem seu acampamento. Essa era a maneira dos orcs, que geralmente ficavam intimidados quando sua presa dava a volta e mordia.
Mas enganava-se. Não somente havia astúcia no ataque, mas também ódio feroz e implacável. Os Orcs das Montanhas eram obstinados e comandados por cruéis servos de Barad-dûr, enviados havia muito tempo para vigiarem as passagens; e, apesar de não o saberem, o Anel, cortado dois anos antes de sua mão negra, ainda estava carregado da vontade malévola de Sauron, e clamava por ajuda a todos os seus servos. Os dúnedain mal haviam avançado uma milha quando os orcs se moveram novamente. Dessa vez não investiram, mas usaram todas as suas forças. Desceram em ampla frente, que se alinhou em meia-lua e logo e logo fechou uma roda ininterrupta em volta dos dúnedain. Agora estavam em silêncio e se mantinham a uma distância fora do alcance dos temidos arcos de aço de Númenor, apesar de a luz estar diminuindo depressa e Isildur ter muito menos arqueiros do que precisava. Ele se deteve.

- Contos Inacabados – Terceira Parte: a Terceira Era – O Desastre dos Campos de Lis

Livro o Último Anel - de Kiril Yeskov

E se existisse um livro que contasse a História do Um Anel e as Guerras Envolvendo este mágico artefato, contado no ponto de vista de um orc de Mordor? Então, para sua surpresa, ou não, ele existe e foi escrito em 1999 pelo escritor Kiril Yeskov. A obra conta com uma versão diferente da história de O Senhor dos Anéis, em vez de vista pelo lado "bom" nela encontramos a narração do lado "mal", ou seja, as forças de Sauron, que através do ponto de vista do tal orc são o lado correto ou seja o lado "bom". Muitos poderão achar uma desvalorização á obra de Tolkien, como muito já vi por aí, mas por minha opinião foi um ideia criativa de também homenagear ao autor. Vale apena ler.




E este é o livro


"Ele é Aragorn, filho de Arathorn, herdeiro de Isildur."



Quem é o Necromante?

A chegada de Gandalf à Dol Guldur, onde procedidamente encontrará o Necromante. 
Queria abrir questão para um debate, tirem suas conclusões e depois apresentarei uma resposta a tal pergunta.

Quem é o Necromante? Seria Sauron? Ou o Rei Bruxo de Angmar ressurgindo? Quem era o ser que Gandalf enfrentou em Dol Guldur?

Comentem e debatam!

P.S. Essa é uma dúvida frequentemente exposta em muitos fóruns, sites e blogs relacionados ao universo de Tolkien. Gostaria que vocês expressem suas opiniões e debatam aqui também.


Foto: A chegada de Gandalf à Dol Guldur, onde procedidamente encontrará o Necromante. 
Queria abrir questão para um debate, ao qual apenas os curtidores poderão participar e depois apresentarei uma resposta a tal pergunta.

Quem é o Necromante? Seria Sauron? Ou o Rei Bruxo de Angmar ressurgindo? Quem era o ser que Gandalf enfrentou em Dol Guldur?

Comentem e debatam! 

P.S. Essa é uma dúvida frequentemente exposta em muitos fóruns, sites e blogs relacionados ao universo de Tolkien. Gostaria que vocês expressem suas opiniões e debatam aqui também. 

#NazgulH

O Desastre dos Campos de Lis – Parte II

Com Isildur foram três de seus filhos, Elendur, Aratan e Ciryon, e sua Guarda de duzentos cavaleiros e soldados, homens de Arnor severos e endurecidos pela guerra. Nada se relata de sua viagem até que tivessem passado sobre a Dagorland, e prosseguido para o Norte entrando nas terras amplas e desertas ao sul da Grande Floresta Verde. No vigésimo dia, quando já avistavam ao longe a floresta coroando o planalto diante deles com um brilho do vermelho e ouro de Ivanneth, toldou-se o céu e veio um vento escuro do Mar de Rhûn, carregado de chuva. A chuva durou quatro dias. Quando chegaram à entrada dos Vales, entre Lórien e Amon Lanc, Isildur desviou-se, portanto do Anduin, inchado de águas velozes, e subiu as íngremes encostas em seu lado leste para alcançar as antigas trilhas dos elfos silvestres que passavam da borda da Floresta.
Assim ocorreu que, ao cair da tarde do trigésimo dia de sua viagem, passavam pela borda norte dos Campos de Lis, marchando por uma trilha que levava ao reino de Thranduil, tal como era então. O dia claro terminava. Acima das montanhas distantes, juntavam-se nuvens, tingidas de vermelho pelo sol enevoado, que descia em direção delas. O fundo do vale já estava em sombra cinzenta. Os dúnedain cantavam, pois a marcha do dia se aproxima do fim, e tinham deixado para trás três quartos da longa estrada até Imladris. À sua direita, a Floresta se erguia acima deles no alto das encostas íngremes que desciam até sua trilha, abaixo da qual era mais suave a descida até o fundo do vale.
De repente, quando o sol mergulhava nas nuvens, ouviram o horrendo clamor de orcs e os viram sair da Floresta e mover-se encostas abaixo, emitindo seus gritos de guerra. Naquela penumbra, podia-se apenas estimar quantos eram, mas evidentemente superavam em muito os dúnedain, até mesmo dez vezes. Isildur ordenou que se formasse um thangail um muro de escudos com duas fileiras compactas que podiam ser dobradas para trás em ambas as extremidades caso fossem flanqueadas, até formarem , se necessário um anel fechado. Se o terreno fosse plano ou a encosta estivesse a seu favor, teria formado com sua companhia uma dírnaith e acometido os orcs, esperando poder, pela grande força dos dúnedain e de suas armas, cortar caminho através deles e dispersá-los atarantados; mas agora não era possível fazê-lo. Uma sombra de presságio abateu-se sobre o seu coração.
- A vingança de Sauron continua viva, embora ele esteja morto – disse Elendur, que estava a seu lado. – Aqui há astúcia e propósito! Não temos esperança de auxílio: Moria e Lórien agora ficaram muito para trás, e Thranduil está quatro dias de marcha a frente.
- E trazemos cargas de valor incalculável – disse Elendur, pois era confidente do pai.

- Contos Inacabados – Terceira Parte: a Terceira Era – O Desastre dos Campos de Lis

05/11/2014

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Uma Festa Inesperada - canção

"Copos trincados e pratos partidos!
Facas cegas, colheres dobradas!
É isso que em Bilbo causa gemidos -
Garrafas em cacos e rolhas queimadas!

Pise em gordura, corte a toalha!
Sobre o tapete jogue os ossinhos!
O leite entornado no chão se coalha!
Em cada porta há manchas de vinho!

Jogue esta louça em água fervente;
Soque bastante com este bastão;
Se nada quebrar, por mais que se tente,
Faça rolar, rolar pelo chão!

Isso é o que Bilbo Bolseiro detesta!
Cuidado! Cuidado com os pratos da festa!"

__O Hobbit, cap. 1 - Uma festa inesperada - página 12.


A Montaria Alada dos Nazgul:


Nos filmes de O Senhor dos Anéis, Peter Jackson retratou a montaria Nazgul como supostos dragões. Mas nas obras de Tolkien o que são realmente essas criaturas?
Eles não possuem especificamente um nome, mas acredita-se que sejam criaturas quase extintas, as quais a espécie possuía poucos membros que habitavam cavernas em torno de Mordor. Não são dragões, pois dragões são bem maiores, fortes e muito resistentes e mortíferos em uma batalha. Contando também que o último dragão que viveu foi o terrível Smaug (que ainda assim era uma espécie pequena). Durante a Batalha nos Campos do Pelennor, cujo Nazgul (Rei Bruxo), avançava sobre Théoden, rei de Rohan, Tolkien descreve a montaria Nazgul da seguinte forma:
"Era uma criatura alada: se era um pássaro, então era maior que todos os outros pássaros, e era nu, sem penas ou plumas, e suas enormes asas eram como teias que se escondiam entre os dedos com chifres; e ele fedia. Uma criatura de um mundo mais velho.......bico e garra"
Essas criaturas foram domadas a fim de servir aos piores e mais temíveis servos de Sauron, os Nazgul.
Houve uma vez em que essas montarias foram comparadas com a espécie pré-histórica de "pterodáctilo", mas essa teoria foi abolida pelo próprio Tolkien, o qual em uma carta citou:
"Eu não pretendia que a montaria do Rei Bruxo fosse o que agora é chamado de 'pterodáctilo', e frequentemente é desenhado[como um] (com razoavelmente menos evidencias sombrias do que está por trás de muitos monstros da nova e fascinante mitologia semi-cientifica da 'Pré-história'). Mas obviamente ele é pterodactílico[!? em forma de pterodáctilo, eu imagino] e deve muito à nova mitologia, e sua descrição até mesmo provê alguma forma na qual ele possa ser um último sobrevivente de eras geológicas mais antigas."
Essa conclusão que apresentarei a seguinte, foi tirada por um frequentador do fórum de Valinor.com.br, cujo cometário diz o seguinte:
"Então, por mais que ele possa se parecer com um, e até ser parente distante de um pterodáctilo, a montaria dos Nazgul não é um. Mesmo porque pterodáctilos não conseguem levantar voô, eles precisam de uma elevação pra usar a resistência e temperatura do ar a seu favor."

Então para nossa decepção, ou não, iremos continuar chamando essas misteriosas criaturas de Montaria Alada dos Nazgul.

04/11/2014

A Toca do Hobbit:

"Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo; tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto.
A toca tinha uma porta perfeitamente redonda como uma escotilha, pintada de verde, com uma maçaneta brilhante de latão amarelo exatamente no centro. A porta se abria para um corredor em forma de tubo, como um túnel: um túnel muito confortável, sem fumaça, com paredes revestidas e com o chão ladrilhado e atapetado, com cadeiras de madeira polida e montes e montes e montes de cabides para chapéus e casacos - o hobbit gostava de visitas. O túnel descrevia um caminho cheio de curvas, afundando bastante, mas não em linha reta, no flanco da colina - A Colina, como todas as pessoas num raio de muitas milhas a chamavam -, e muitas portinhas redondas se abriam ao longo dele, de um lado e do outro. Nada de escadas para o hobbit: quartos, banheiros, adegas, despensas (muitas delas), guarda-roupas (ele tinha salas inteiras destinadas a roupas), cozinhas, salas de jantar, tudo ficava no mesmo andar, e, na verdade, no mesmo corredor. Os melhores cômodos ficavam todos do lado esquerdo (de quem entra), pois eram os únicos que tinham janelas, janelas redondas e fundas, que davam para o jardim e para as campinas além, que desciam até o rio."

O Hobbit, capítulo 1 - Uma Festa Insperada.




Seriam Hobbits?

Então, vocês realmente acham que os Hobbits existiram? Claro que são criaturas totalmente fantásticas criadas pelo nosso querido Tolkien... mas e se por um acaso seres semelhantes já tivessem andado pelo planeta a milhares de anos atrás? Será que existe essa probabilidade?
Andei pesquisando sobre o assunto, e encontrei em uma matéria da Fatos Desconhecidos, uma possível conclusão.
"Com mais de 12 mil anos de idade, foram encontrados 9 exemplares de crânios com aproximadamente um terço do tamanho de um crânio comum, na Indonésia. Apesar da possibilidade de que fossem apenas anões ou pessoas com problemas de crescimento, a formação óssea leva cientistas a acreditar que essa tenha sido uma espécie à parte, que disputou a evolução com o homem e compartilhou ancestrais conosco, assim como o homem de Neanderthal."




O que vocês acham sobre isso? Realmente acreditam? Confiram a imagem da diferença de tamanho entre os dois crânios.
Para conferir mais informações sobre esses seres fantásticos, acesse: www.fatosdesconhecidos.com.br/10-seres-mitologicos-que-existiram-no-mundo-real/

Comentem! Opinem! 

Ilustrações feitas por Tolkien, no livro O Hobbit

Aqui estão todas as ilustrações originais encontradas no livro O Hobbit, e desenhadas pelo próprio J.R.R.Tolkien.

Mapa de Thror
A Colina: Vila dos Hobbits


Os Trolls

Valfenda
A Trilha da Montanha

As Montanhas Sombrias, vista para o Oeste
O Senhor das Águias

O Salão de Beorn
O Portão do Rei Élfico
Bilbo chega às cabanas dos elfos jangadeiros

Cidade do Lago

Vista do Portão Dianteiro

Conversa com Smaug

O Salão do Bolsão





Mapa das Terra Ermas
 P.S. Imagens retiradas do livro O Hobbit

O Desastre dos Campos de Lis- Parte 1

Depois da queda de Sauron, Isildur, o filho e herdeiro de Elendil. Retornou a Gondor. Lá assumiu a Elendilmir como Rei de Arnor e proclamou seu domínio soberano sobre todos os dúnedain no norte e no sul; pois era homem de grande orgulho e vigor. Permaneceu em Gondor durante um ano, restaurando sua ordem e definindo seus limites; porém a maior parte do exército de Arnor retornou a Eriador pela estrada númenoriana desde os Vaus do Isen a Fornost.
Quando por fim se sentiu livre para voltar ao seu próprio reino, estava apressado, e desejava ir primeiro a Imladris, pois lá havia deixado sua esposa e seu filho mais jovem, e ademais tinha necessidade urgente de se aconselhar com Elrond. Portanto, decidiu seguir caminho para o Norte partindo de Osgiliath, pelos Vales do Anduin acima até Cirith Forn en Andrath, a alta passagem do norte, que descia até Imladris. Isildur conhecia bem a região, pois muitas vezes viajara ali antes da Guerra da Aliança, e por essa via marchara à guerra, com homens de Arnor oriental, em companhia de Elrond.
Era uma viagem longa, mas o único caminho alternativo, para o oeste, depois para o norte até o encontro das estradas em Arnor, e em seguida para o leste até Imladris, era muito mais longo. Talvez fosse igualmente rápido para homens montados, mas ele não dispunha de cavalos em condições; talvez mais seguro em dias passados, mas Sauron fora derrotado, e os povos dos Vales haviam sido seus aliados na vitória. Nada temia, exceto as intempéries e a exaustão, mas essas têm de ser suportadas pelos homens a quem a necessidade envia a lugares longínquos da Terra-média.
Assim foi, como se conta nas lendas de dias posteriores, que estava terminando o segundo ano da Terceira Era quando Isildur partiu de Osgiliath no início de Ivanneth, e esperando alcançar Imladris em quarenta dias, em meados de Narbeleth, antes que o inverno se aproximasse no norte. No Portão Leste da Ponte, numa clara manhã, Meneldil despediu-se dele. – Vá agora e boa viajem! Que o Sol fa sua partida nunca deixe de brilhar sobre sua estrada!


- Contos Inacabados – Terceira Parte: a Terceira Era – O Desastre dos Campos de Lis


"Bom Dia"- O Inicio de uma grande aventura, muito inesperada

"Tudo o que Bilbo, sem suspeitar de nada, viu naquela manhã foi um velho com um cajado. Usava um chapéu azul, alto e pontudo, uma capa cinzenta comprida, um cachecol prateado sobre o qual sua longa barba branca caía até abaixo da cintura, e imensas botas pretas.
- Bom dia! - disse Bilbo, sinceramente. O sol brilhava, e a grama estava muito verde. Mas Gandalf lançou-lhe um olhar por baixo de suas longas e espessas sobrancelhas, que se projetava da sombra da aba do chapéu.
- O que você quer dizer com isso? - perguntou ele. - Etá me desejando um bom dia, ou quer dizer que o dia está bom, não importa o que eu queira ou não , ou quer dizer que você se sente bem neste dia, ou que este é um dia para estar bem?
-Tudo isso de uma vez - disse Bilbo.- E uma manhã muito agradável para fumar um cachimbo ao ar livre, além disso. Se você tiver um cachimbo com você, sente-se e tome um pouco do meu fumo! Não há pressa, temos o dia todo pela frente! - E então Bilbo se sentou numa cadeira à sua porta, cruzou as pernas e soprou um belo anel de fumaça cinzento que se ergueu no ar sem se desmanchar e foi flutuando sobre a Colina.
- Muito bonito! - disse Gandalf. - Mas eu não tenho tempo para soprar anéis de fumaça esta manhã. Estou procurando alguém para participar de uma aventura que estou organizando, e está muito difícil achar alguém.
- Acho que sim, por estes lados! Nós somos gente simples e acomodada, e eu não gosto de aventuras. São desagradáveis e desconfortáveis! Fazem com que você se atrase para o jantar! Não consigo imaginar o que as pessoas veem nelas - disse o nosso Sr. Bilbo Bolseiro, colocando um polegar atrás dos suspensórios e soprando outro anel de fumaça ainda maior. Depois pegou sua correspondência matinal e começou a lê-la, fingindo não prestar mais atenção ao velho. Havia decidido que não era do tipo que o agradava e queria que ele fosse embora. Mas o velho não se mexeu. Ficou parado, apoiando-se no seu cajado, observando o hobbit sem dizer nada, até que Bilbo se sentiu meio embaraçado, e até um pouco contrariado.
- Bom dia! disse ele finalmente. - Nós não queremos aventuras por aqui, obrigado! Você podia tentar além da Colina ou do outro lado do água. - Com isso quis dizer que a conversa estava terminada.
- Você usa Bom dia para um monte de coisas! - disse Gandalf. - Agora já está querendo dizer que quer se livrar de mim e que o dia não ficará bom até que eu vá embora.
- De jeito nenhum, de jeito nenhum, caro senhor! Deixe-me ver, acho que não sei o seu nome.
- Sim, sim, meu caro senhor, e eu sei o seu, Sr. Bilbo Bolseiro. E você sabe o meu nome, embora não se lembre de que ele se refere a mim. Eu sou Gandalf, e Gandalf significa eu! E pensar que eu viveria para escutar um "Bom dia" do filho de Beladona Tûk como se fosse um simples mascate que bate de porta em porta!
- Gandalf, Gandalf! Puxa vida! Não o mago errante que deu ao Velho Tûk um par de abotoaduras de diamante que se abotoavam e nunca se saltavam até que fosse ordenado? Não o camarada que costumava contar histórias maravilhosas nas festas, sobre dragões, orcs e gigantes e sobre resgates de princesas e sobre a sorte inesperada de filhos de viúvas? Não o homem que costumava fazer fogos de artifício especialmente maravilhosos! Eu me lembro deles! O Velho Tûk costumava solta-los na véspera do Solstício de Verão.Esplêndido! Eles subiam como grandes lírios e bocas-de-leão e laburnos de fogo, ficavam no céu durante todo o entardecer! - Vocês já devem ter notado que o Sr. Bolseiro não era tão prosaico como queria acreditar que fosse, e também que gostava muito de flores.
- Ora, ora!- continuou ele. - Não o Gandalf que foi responsável por tantos moços e moças tranquilos partirem em loucas aventuras? Qualquer coisa, desde subir em árvores até visitar elfos, ou navegar em navios, navegar para outras praias! Puxa! A vida costumava ser muito interessan... quero dizer, você costuma perturbar muito as coisas por essas banda naquela época. Eu peço desculpa, mas não imaginava que ainda estava na ativa.
- Onde mais eu poderia estar? - disse o mago. -De qualquer forma, estou satisfeito de saber que você se lembra de alguma coisa a meu respeito. Parece que a lembrança dos meus fogos de artifício, pelo menos, lhe é agradável, e isto já é alguma coisa. Mas em memória do seu velho avô Tûk e de sua mãe Beladona, darei o que você me pediu.
- Peço desculpas, mas não pedi nada!
- Você pediu sim, duas vezes agora. Desculpas. Está desculpado. Na verdade, vou além disso, vou mandá-lo nessa aventura. Muito divertido para mim, muito bom para você... e lucrativo também, muito provavelmente, se você conseguir chegar até o fim.
- Sinto muito! Eu não quero aventuras, muito obrigado. Hoje não. Bom dia! Mas, por favor, venha tomar chá, a qualquer hora que quiser! Por que não amanhã? Venha amanhã! Até logo! -Com isso o Hobbit se virou e entrou por sua porta redonda e verde e a fechou o mais rápido que era possível sem parecer rude. Afinal de contas, magos são magos.
- Por que raios eu o convidei para o chá!? - perguntou para si mesmo, enquanto ia para a despensa. Tinha acabado de tomar o desjejum, mas achou que um pedaço de bolo ou dois, e um gole de alguma coisa, lhe fariam bem depois do susto."

__O Hobbit - Uma Festa Inesperada 




01/11/2014

Canção dos seres viventes - Barbárvore


"Aprenda a lição dos seres viventes!
Nomeie primeiro os quatro povos livres: 
Os filhos dos Elfos que são os mais velhos;
O Anão cavador das casas escuras;
O Ent da terra, da idade dos montes,
bebedores de água, grandes andantes;
famintos quais lobos, os hobbits crianças,
essa gente-que-ri, o povo menor,
O Homem mortal, senhor dos cavalos:
Castor construtor, cervo saltitante,
Urso abelhudo, javali brigador;
O cão é faminto, a lebre é medrosa...
Águia no ninho. boi na pastagem,
Veado chifrudo, gavião o mais lesto,
Cisne o mais branco, serpente a mais fria..."

Canção dos seres viventes; Barbárvore; O senhor dos anéis e as duas torres; J.R.R. Tolkien.

#NazgulH

Vídeo

Cenas de A Desolação de Smaug, com música de fundo Far Over The Mist Mountain ColdVídeo
Créditos ao canal do Youtube Clamavi De Profundis.

#NazgulH

Será que algum dia veremos O Silmarillion nas telonas?

  Em dezembro, com o lançamento de O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, Peter Jackson finaliza sua trilogia Hobbit – e de uma tacada conclui o que ele vê como uma série de filmes em seis partes. É claro que nós teremos então algumas edições estendidas e posteriormente, provavelmente, um box de DVD que inclua O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Mas, depois disso, assim parece, a jornada de Peter Jackson à Terra-média estará finalmente finalizada.
            Contudo, por algum tempo já, fãs têm se perguntado se não há mais algum trabalho de Tolkien que Peter Jackson poderia adaptar para a telona. O Silmarillion, que precede tanto O Hobbit quanto O Senhor dos Anéis, é o projeto que muitos desejam que seja adaptado em filme. Alguns querem múltiplos filmes, outros anseiam por uma série de TV sem fim. Ensaios foram escritos sobre como O Silmarillion seria no formato de trilogia e listas foram compiladas como as 10 razões pelas quais Peter Jackson deve fazer O Silmarillion. Vimos o nascimento de alianças de roteiristas que estão compilando o melhor roteiro possível para O Silmarillion e muitas produções de fãs que ou nos trazem trailers ou mesmo filmes completos.
            A realidade, contudo, é que O Silmarillion provavelmente nunca será filmado. Como Peter Jackson explicou recentemente numa conferência de imprensa na Comic-Con International:
“J. R. R. Tolkien vendeu os direitos cinematográficos de O Hobbit e O Senhor dos Anéis nos anos 60. O Silmarillion ainda não havia sido escrito. Ele nem mesmo foi escrito durante sua vida. Ele foi escrito por ele e, parcialmente, seu filho o terminou após sua morte e o publicou postumamente ao falecimento do Professor. Assim, os direitos de filmagem estão com eles, e os proprietários não têm interesse em discutir direitos cinematográficos com ninguém. Então, esta é a situação. Eles não estão tão desembaraçados quanto O Senhor dos Anéis e O Hobbit.”
            É claro que sabemos que Tolkien começou a trabalhar nas histórias que formariam O Silmarillion em 1914, muito antes de vender os direitos de filmagem de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, e escreveu e reescreveu muitos dos contos pelo resto de sua vida. Então, a resposta de Peter Jackson não foi muito precisa.
silmarillion
            Muito antes disso, em 2012, quando perguntado por um fã na Comic Con se ele planejava continuar fazendo filmes relacionados a Terra-média e, mais especificamente, O Silmarillion, Peter Jackson respondeu:
“Eu não acho que a Tolkien Estate tenha gostado daqueles filmes. Eu não acho que O Silmarillion sairá do lugar por um longo tempo.”
            E é verdade, Peter Jackson nunca obterá os direitos de fazer uma adaptação cinematográfica de O Silmarillion, nem tampouco qualquer outro produtor. Diferentemente de O Senhor dos Anéis e O Hobbit, os direitos de filmagem de O Silmarillion nunca foram vendidos e ainda permanecem com a Família Tolkien. Mais ainda, O Silmarillion foi compilado, editado e publicado postumamente por Christopher Tolkien. Dizer que J. R. R. Tolkien o considerava seu maior trabalho e que seu filho Christopher tem uma profunda ligação emocional com esta obra é apenas o início de uma longa história. As chances de se ver O Silmarillion transformado em filme são provavelmente tão remotas quanto ganhar na loteria, mesmo que você decida doar o prêmio a alguma causa nobre.
            Christopher Tolkien tomou para si um trabalho enorme após a morte de seu pai. Depois de se tornar o guardião dos direitos autorais do trabalho de seu pai, ele começou a trabalhar nas 70 caixas de material arquivado deixado por seu pai, cada caixa cheia de milhares de páginas não publicadas. Juntamente com o aclamado escritor de fantasia Guy Gavriel Kay, Christopher colou, editou e expandiu a páginas não datadas nem numeradas, produzindo O Silmarillion em 1977. E isso foi apenas o começo de uma das maiores conquistas literárias da história. Contos Inacabados de Númenor e da Terra-média, uma coleção de histórias e ensaios que nunca foram completados por seu pai, também foi editado e lançado em 1980. Então, por dezoito anos, e com absoluta dedicação em preservar o legado de seu pai, Christopher Tolkien trabalhou na edição do material inacabado remanescente, gradualmente lançando os massivos doze volumes do The History Of Middle-earth. Em 2007, ele lançou a versão completa de Os Filhos de Húrin, a qual foi concebida originalmente por seu pai ao final dos anos 1910 e teve partes publicas antes – n´O SilmarillionContos InacabadosThe Book of Lost Tales e The Lays of BeleriandA Lenda de Sigurd e Gudrún, que foi lançado em 2009, reconta a lenda de Sigurd e a queda dos Niflungs da mitologia germânica. É um poema narrativo composto em versos aliterativos e modelado de acordo com a poesia nórdica antiga do Antigo Edda. Christopher Tolkien forneceu notas e comentários abundantes sobre o trabalho de seu pai. Em 2013, ele lançou A Queda de Arthur, um longo poema narrativo composto por Tolkien no início dos anos 30. Beowulf: A Translation and Commentary o seguiu em maio de 2014, uma tradução em prosa do antigo poema medieval Beowulf do inglês antigo para o moderno, traduzido por Tolkien entre 1920 e 1926, e mais uma vez editado por seu filho Christopher. E então há outros trabalhos como Sr. BlissAs Cartas do Papai Noel, e por aí vai… E nós nem sabemos em que outro livro Christopher Tolkien possa estar trabalhando agora.
            Tendo dedicado a maior parte de sua vida ao trabalho do pai, não é de se surpreender que Christopher seja a maior autoridade em julgar as adaptações cinematográficas de Peter Jackson sobre os trabalhos de seu pai.
            E o que Christopher acredita é que Tolkien agora se tornou um monstro “… devorado por sua própria popularidade e absorvido pela insensatez de nosso tempo”:
“O abismo entre a beleza e seriedade do trabalho e o que ele se tornou me oprimiu. A comercialização reduziu a estética e o impacto filosófico da criação a nada. Há apenas uma solução para mim: virar meu rosto para o outro lado.”
            Levou um tempo bem longo para Christopher Tolkien finalmente nos dar sua opinião – a qual ele deu numa entrevista para o LeMonde, uma das primeiras em quarenta anos. Fica claro que o tratamento terrível que tanto a família quanto a editora de Tolkien foram submetidos ao longo da última década pelos estúdios de cinema finalmente recebeu o que merecia. Tendo cuidadosamente evitado a imprensa e nunca antes expressado uma opinião oficial sobre a trilogia cinematográfica de O Senhor dos Anéis de Peter Jackson, Christopher finalmente irrompeu: “Eles evisceraram o livro transformando-o num filme de ação para jovens de 15 a 25 anos. E parece que O Hobbit será o mesmo tipo de filme.”
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            Ele provavelmente está correto; e a maioria dos que amam seus trabalhos percebem que os filmes, um produto da atualidade, e todos os jogos que os seguiram, são melhor descritos como “fanfics” do que “baseados na obra de J. R. R. Tolkien”.
            Talvez, o Professor Tom Shippey nos tenha dado o melhor resumo da situação no ensaio sobre os filmes de Peter Jackson que foi adicionado à terceira edição de The Road to Middle-Earth. Shippey observa que Jackson “é mais rápido que Tolkien para identificar o mal sem qualificação, e como uma força puramente externa… Há o núcleo aqui de um sério desafio para a visão de Tolkien do mundo, com sua insistência na natureza decaída mesmo dos melhores, e sua convicção de que, enquanto as vitórias sempre valem a pena, elas também são sempre temporárias. E isso poderia, por fim, ser um problema não criado por alguma falha em perceber ´o cerne do original´, mas uma grave e genuína diferença entre as duas mídias diversas e seus ´respectivos cânones de arte narrativa´.”
Fonte:  http://tolkienbrasil.com/artigos/sera-que-algum-dia-veremos-o-silmarillion-nas-telonas/#sthash.91oF94R6.dpuf

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