10/12/2014

Os Arctantropos (Troca-Peles):

Muito pouco se sabe sobre a raça dos arctantropos, no livro O Hobbit, são citados pela primeira vez através do personagem Beorn, chamado por Gandalf de troca-peles. Já seus descendentes (beornings) não são considerados da raça dos arctantropos, Beorn foi o último. Então é sobre esse personagem que vou focar a postagem, trazendo alguns pontos do livro O Hobbit, como argumento.
A definição por Gandalf sobre o homem- urso foi a seguinte:

“Ele é um troca-peles. Ele troca de pele: algumas vezes é um enorme urso-negro, outras é um homem grande e forte, de cabelos negros, com enormes braços e longas barbas. Há pouco mais que eu possa dizer, mas isto deve ser suficiente. Alguns dizem que é um urso descendente dos grandes e antigos ursos das montanhas, que viveram lá, antes da chegada dos gigantes. Outros dizem que é um homem descente dos primeiros homens que viveram antes de Smaug ou os outros dragões viessem para esta parte do mundo, e antes que os orcs viessem do norte e invadissem as colinas. Não sei dizer, embora imagine que a última história seja verdadeira (...)
De qualquer forma, ele não está sob nenhum encantamento, a não ser o próprio. Mora numa floresta de carvalhos e tem uma grande casa de madeira; e, como homem, tem gado e cavalos que são quase tão maravilhosos como ele. Trabalham para ele e conversam com ele. Ele não os come, nem caça ou come animais selvagens. Tem muitas colméias de grandes abelhas ferozes, e sobrevive principalmente de creme e mel. Como urso, percorre um longo e vasto território. Uma vez eu o vi de noite sentado sozinho no topo da Carrocha, observando a luz que afundava na direção das Montanhas Sombrias, e ouvi resmungar na língua dos ursos: “Dia virá em que desaparecerão e eu voltarei!” É por isso que acredito que ele mesmo tenha surgido das montanhas.”

Essa é a descrição que Tolkien trouxe de Beorn. E generalizando para os “troca-peles” eles eram grandes homens durante o dia, e grandes ursos á noite. Como a citação de Gandalf, provavelmente vieram das montanhas (“Dia virá em que desaparecerão e eu voltarei”). No caso Beorn não era carnívoro e tinha um grande respeito pela natureza e por seus animais, sendo que se alimentava basicamente de mel e pão, mas não acho que isso deva ser generalizado para todos os arctantropos.

_O Hobbit, capítulo VII – Estranhos Alojamentos, páginas 113 e 115.

Ilustração: Beorn, de Ted Nasmith




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