25/04/2015

O Despertar de Saphira e a gedwëy ignasia

" (...) De repente um rachadura apareceu na pedra. Mais outra e outra. Petrificado, Eragon inclinou-se para a frente, ainda segurando a faca. No topo da pedra, onde todas as rachaduras se encontravam, um pequeno pedaço se mexeu, como se estivesse se equilibrando em cima de alguma coisa, em seguida se ergueu e caiu no chão. Depois de outra série de chiados, uma pequena cabeça escura saiu pelo buraco, seguida de um estranho corpo distorcido. Eragon agarrou a faca com mais força e segurou-a imóvel. Logo, a criatura havia saído completamente da pedra. Ela ficou parada por um momento, depois, agitou-se em direção ao luar.
 Eragon recuou, chocado. Em pé, na frente dele, lambendo a membrana que o envolvia, estava um dragão.
Saphira filhote / imagem do filme [Eragon]

 O Dragão não era maior do que seu antebraço, porém era magnífico e nobre. As escamas dele eram de um azul-safira forte, da mesma cor da pedra, era um ovo. O dragão bateu as asas. Eram elas que fizeram-no parecer tão distorcido. As asas eram muito mais compridas do que o corpo e guarnecidas de dedos finos, com ossos que se esticavam da borda dianteira da asa, formando uma linha de garras bem separadas. A cabeça do dragão era mais ou menos triangular. Duas pequenas presas brancas diminutas, curvadas para baixo, despontavam de sua mandíbula superior. Pareciam ser muito afiadas. Suas garras também eram muito brancas, como marfim polido, e ligeiramente serrilhadas na curvatura interna. Uma fileira de pequenos espinhos descia pelas costas da criatura, desde a base da cabeça até a ponta da cauda. Uma depressão, onde seu pescoço e seus ombros se juntavam, criava um vão maior do que o normal entre os espinhos.
 Eragon moveu-se um pouco, e a cabeça do dragão virou-se depressa. Firmes olhos azul-claro fixaram-se nele, que continuou imóvel. Aquele bicho poderia ser um inimigo formidável se resolvesse atacar. 
 O dragão perdeu o interesse por Eragon e, desajeitado, explorou o quarto, gritando quando batia em uma parede ou em um móvel. Com um bater das asas, pulou em cima da cama e engatinhou até o travesseiro, chiando. A boca estava aberta de modo piedoso, como a de um pássaro jovem, exibindo carreiras de dentes pontudos. Eragon sentou-se cuidadosamente na beira da cama. O dragão cheirou a mão dele e mordiscou sua manga. Ele puxou o braço para trás.
Gedwëy Ignasia / Palma Brilhante
 Um sorriso tomou os lábios de Eragon enquanto olhava para a pequena criatura. Hesitante, esticou o braço e, com a mão direita, tocou o flanco do animal. Um explosão de energia gelada entrou pela mão dele e correu o braço, queimando-lhe as veias como fogo líquido. Caiu para trás dando um forte grito. Todas as partes de seu corpo queimavam de dor. Fez força para se mover, mas não conseguiu. Depois do que pareceram ser horas, o calor voltou aos seus membros, deixando-os formigantes. Tremendo incontrolavelmente, fez força e pôs-se de pé. Sua mão estava dormente, e seus dedos, paralisados. Assustado, ele observava o meio da palma de sua mão brilhar e formar um desenho oval e branco e difuso. A pele coçava e queimava como em uma mordida de aranha. Seu coração batia freneticamente."

Eragon - Um Prsente do Destino, O Despertar - pgs. 36,35,37.

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