30/03/2015

O Despertar dos Filhos de Ilúvatar e outros fatos que o sucederam:

“Diz-se que, no momento em que Varda encerrou seus trabalhos, e eles foram demoraram, quando Menelmacar foi subindo pelo eu, e a chama azul de Helluin cintilou nas névoas acima dos limites do mundo, nessa hora os Filhos da Terra despertaram, os Primogênitos de Ilúvatar. Perto da lagoa do Cuiviénen, a Água do Despertar, iluminados pelas estrelas, eles acordaram do sono de Ilúvatar. E enquanto permaneciam, ainda em silêncio, junto a Cuiviénen, seus olhos contemplaram antes de mais nada as estrelas dos céus. Por isso, eles sempre amaram o brilho das estrelas, e reverenciam Varda Elentári mais do que qualquer outro Vala.
Nas transformações do mundo, as formas das terras e dos mares foram destruídas e refeitas. Rios não mantiveram seus cursos, e montanhas não permaneceram firmemente enraizadas; e não há como retornar a Cuiviénen. Diz-se, porém, entre os elfos que essa lagoa ficava a grande distância a leste da Terra- média, e ao norte; e que era um baía no Mar Interior de Helcar; e esse mar estava onde anteriormente haviam estado os sopés das montanhas de Illuin, antes que Melkor a derrubasse. Muita água fluía para ali das regiões montanhosas do Leste, e o primeiro som ouvido pelos elfos foi o de água corrente, e o da água caindo pela pedra.
Muito tempo viveram eles em seu primeiro lar junto à água, à luz das estrelas, e caminhavam pela Terra maravilhados. E começaram a criar a fala e a dar nomes a todas as coisas que percebiam. A si mesmos, chamaram quendi, querendo dizer aqueles que falam com vozes. Pois até então não haviam conhecido nenhum outro ser vivo que falasse ou cantasse.”

_O Silmarillion – Da chegada dos elfos e do cativeiro de Melkor – páginas 47 – 48 

Nenhum comentário:

Postar um comentário